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Dengue: início da vacinação na região gera diversas dúvidas

Especialista em vacinas do Vera Cruz Hospital esclarece informações importantes sobre a vacina contra a dengue que deve começar a ser aplicada em crianças de 10 a 14 anos a partir desta quinta, dia 11, em Campinas


 

Abril, 2024 – O início da vacinação contra a dengue em crianças com idade entre 10 e 14 anos, em Campinas, previsto para esta quinta-feira (11), traz uma série de dúvidas em pais e cuidadores. O médico pediatra especializado em vacinas do Vera Cruz Hospital, Luiz Verri, esclarece questões importantes e ressalta a segurança da vacina, que também está disponível para os demais públicos em clínicas privadas.

 

Segundo o especialista, a vacina QDENGA, que passa a ser distribuída para aplicação por meio do Serviço Único de Saúde (SUS), tem indicação de duas doses, com um intervalo de três meses entre uma dose e outra. No caso de quem já teve dengue, o ideal é aguardar seis meses para ser vacinado.

 

“A vacina é recomendada para o público entre 4 e 60 anos de idade. Só é contraindicada para gestantes e nutrizes (mães que estão na fase de amamentação); para pessoas que tiveram reação de hipersensibilidade em doses anteriores e para aqueles com imunodeficiência primária, secundária ou adquirida, como HIV, quimioterapia, corticoide em alta dose etc.”, explica.

 

A aplicação da vacina é por dose subcutânea. “Os efeitos colaterais são raros, mas, eventualmente, a pessoa pode apresentar dor de cabeça e cansaço físico. No caso das crianças, também pode ocorrer irritabilidade, sonolência, perda de apetite e febre. Tais sintomas costumam passar em até três dias após receber a dose da vacina”, diz o especialista.

 


Mãos usando luvas de procedimento azuis, seguram uma seringa com agulha e um frasco de vacina
A vacina QDANGA, como é chamada, começa a ser distribuída em Campinas no dia 11 de abril

Com relação à eficácia da vacina, Verri explica que a vacina é uma grande aliada para evitar a infecção pelo vírus, as complicações da doença e a morbidade. Ou seja, se a pessoa for picada pelo mosquito (fêmea) Aedes Aegypti contaminado, mesmo que desenvolva a doença, a gravidade será menor em comparação a uma pessoa que não está imunizada. “Pesquisas recentes demonstram grande eficácia contra hospitalizações, com proteção geral de 84%. Também já foi confirmada a eficácia de 81% após 30 dias da primeira dose da vacina. No organismo, após o esquema vacinal completo (duas doses), contribuiu para a proteção por um período entre quarto e cinco anos”, explica.

 

A vacina da dengue não protege contra outras arboviroses, como zika, Chikungunya e febre amarela. Por isso, o mais apropriado para todos os públicos é estar sempre com a carteirinha de vacinação atualizada. Também é importante destacar que a vacina da dengue não deve ser ministrada em conjunto com outras vacinas.

 

60+

Para as pessoas com idade acima de 60 anos, ainda estão sendo desenvolvidas pesquisas, mas até que não sejam concluídas, a indicação é não fazer a vacinação fora da faixa etária recomendada, inclusive por questões de segurança. Neste caso, seguem as orientações básicas de prevenção contra a doença, ou seja, uso de repelente, eliminação de criadouros e sempre que possível estar com roupas longas, que protegem a maior parte do corpo.

 

Resistência

Mesmo com a ampla divulgação de índices críticos de pessoas enfrentando a doença, que pode levar a morte, ainda há certa resistência no comportamento de parte da população. “Isso aumenta muito os riscos de exposição ao vetor, que somados às condições climáticas, propiciam grande multiplicação do mosquito. Inclusive, facilitam sua adaptabilidade a novos ambientes e climas. O resultado é um grande número de pessoas convalescidas pela doença, que poderia ter sido evitada, custando muitas vidas”, alerta. “Embora a vacina seja um avanço, somente o empenho conjunto do poder público e das comunidades é que poderá controlar e erradicar a dengue”, conclui.

 


Dr.Luiz está de jaleco branco, braços cruzados, em frente a uma porta de ferro antiga do Hospital.
Dr. Luiz Verri, médico pediatra especializado em vacinas, do Vera Cruz Hospital.


Há 80 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase sete anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de duas mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.

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